Trilha Falsa de Drake e The Weeknd Gerada por IA Não é Elegível para um Grammy

Trilha Falsa de Drake e The Weeknd Gerada por IA Não é Elegível para um Grammy

Seria um novo “meme” indicar a faixa gerada por IA ao mais consagrado premio da música?

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A indústria da música enfrenta um dilema ético à medida que a inteligência artificial começa a criar faixas que imitam artistas populares. Recentemente, um alvoroço surgiu em torno da música “Heart on My Sleeve”, uma faixa gerada por IA que ecoa as vozes de Drake e The Weeknd. Inicialmente, houve relatos de que a faixa seria considerada para um prêmio Grammy, mas o CEO da Recording Academy, Harvey Mason Jr., esclareceu a situação.

De acordo com Mason, a música não é elegível para consideração no Grammy. Embora as letras tenham sido escritas por um ser humano, os vocais não foram obtidos legalmente, nem foram liberados pela gravadora ou pelos artistas originais. Além disso, a música não está disponível comercialmente. Isso levanta questões éticas e legais sobre a criação e distribuição de músicas geradas por IA que imitam artistas sem seu consentimento.

Trilha Falsa de Drake e The Weeknd Gerada por IA Não é Elegível para um Grammy
Imagem gerada pelo Bing

Em uma entrevista anterior ao New York Times, Mason havia sugerido que a faixa poderia ser elegível nas categorias de compositores devido às letras escritas por um humano. No entanto, sua declaração posterior no Instagram deixa claro que a falta de consentimento e a disponibilidade comercial são fatores determinantes na elegibilidade.

Isso levanta a questão sobre o futuro das músicas geradas por IA na indústria da música. Enquanto Mason acredita que a indústria terá que se ajustar à IA, questões de direitos autorais e consentimento continuam sendo desafios complexos. A retirada de “Heart on My Sleeve” de serviços de streaming após uma reclamação do Universal Music Group destaca a sensibilidade dessas questões.

Além disso, o criador por trás da música, que usou o pseudônimo “Ghostwriter”, já lançou uma nova música, “Whiplash”, usando IA para imitar os rappers Travis Scott e 21 Savage. No entanto, essa nova faixa não foi disponibilizada em serviços de streaming, e Ghostwriter está tentando colaborar oficialmente com os artistas originais.

Enquanto a IA continua a desempenhar um papel cada vez mais proeminente na criação de música, a indústria e os artistas enfrentam desafios importantes relacionados à ética, direitos autorais e consentimento. O CEO da Recording Academy enfatiza que essas questões continuarão a evoluir e mudar à medida que a tecnologia avança.

Fonte: Engadget – Créditos pela imagem

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Eduardo Rodrigues

Apaixonado por tecnologia, video-games e jornalismo.