Como o Xbox Series S Deixou Kingdom Come: Deliverance 2 mais Otimizado?

Como o Xbox Series S Deixou Kingdom Come: Deliverance 2 mais Otimizado?

A limitação que estimulou a criatividade?

O Xbox Series S, frequentemente criticado por suas limitações técnicas, tornou-se um herói discreto no desenvolvimento de jogos modernos. Em Kingdom Come: Deliverance 2, a Warhorse Studios usou as restrições do console para criar um RPG tecnicamente polido que roda suavemente em todas as plataformas, provando que otimizar para hardware menos potente pode elevar, e não limitar, o potencial de um jogo.

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O Efeito Xbox Series S: Transformando Limitações em Inovação

Com sua GPU mais modesta e 10 GB de RAM, o Xbox Series S forçou a Warhorse Studios a repensar o gerenciamento de recursos. Em vez de ver essas limitações como obstáculos, a equipe as encarou como um desafio criativo:

  • Sistemas Visuais Simplificados: O hardware menos potente do Series S levou os desenvolvedores a refinar o CryEngine, conhecido por ser exigente. Sombras, reflexos e iluminação foram otimizados sem sacrificar a imersão, criando uma base escalável para todas as plataformas.
  • Paridade de Desempenho: Ao mirar 30 FPS/1080p no Series S, a Warhorse estabeleceu um padrão que garantiu estabilidade em sistemas mais potentes. O resultado? Um modo de 60 FPS estável no PS5 e Series X, e performance suave até em PCs básicos.
  • Eficiência da CPU: A CPU do Series S (similar à do Series X) permitiu que a equipe priorizasse a complexidade da IA e a interatividade do mundo, pilares da experiência Kingdom Come.

Tobias Stolz-Zwilling (Gerente de RP da Warhorse) no Iron Lords Podcast:
“Otimizar para o Series S não foi apenas cumprir especificações. Nos forçou a eliminar excessos e focar no que realmente importa: performance consistente e jogabilidade rica.”

CryEngine vs. Unreal Engine: Por Que a Escolha Polêmica Deu Certo

A decisão da Warhorse de permanecer com o CryEngine, uma engine famosa por sua má otimização, gerou dúvidas, mas se mostrou estratégica:

  • Forças em Mundos Abertos: O sistema de terrain streaming e detalhamento progressivo (LOD) do CryEngine brilha ao renderizar os vastos cenários medievais de Kingdom Come 2. Daniel Vavra, cofundador da Warhorse, destacou as dificuldades do Unreal Engine com mundos de grande escala durante testes iniciais.
  • Compromissos na Iluminação: A iluminação global menos avançada do CryEngine permitiu priorizar taxas de quadros estáveis. Ciclos climáticos e de horário do dia seguem impressionantes, mas usam iluminação pré-calculada (baked lighting) quando necessário.
  • Escalabilidade: A flexibilidade da engine permitiu ajustar texturas e efeitos do Series S a PCs high-end, evitando o problema de jogos “genéricos” em lançamentos cross-gen.

Desempenho nas Plataformas: Qualidade vs. Fluidez

  • Xbox Series X/PS5:
  • Modo Qualidade: 1440p/30 FPS com sombras, distância de renderização e oclusão ambiental no máximo.
  • Modo Desempenho: 1080p/60 FPS, com densidade de vegetação e oclusão reduzidas.
  • PS5 Pro: Usa o upscaling PSSR da Sony para 1296p/60 FPS, equilibrando nitidez e fluidez.
  • Xbox Series S: 1080p/30 FPS, com reflexos e densidade de multidão reduzidos — mas mantém a identidade visual principal.

Lições para PCs:

  • Configurações básicas (GTX 1060/RX 580) alcançam 1080p/30 FPS com ajustes, graças à otimização herdada do Series S.
  • Máquinas high-end (RTX 4080/RX 7900 XTX) rodam em 4K/60 FPS com tudo no ultra, mostrando a escalabilidade do CryEngine.

Por Que Isso Importa para o Mercado?

O sucesso de Kingdom Come: Deliverance 2 desafia a narrativa de que hardware menos potente “segura” a indústria. Ao invés disso, ele prova que:

  1. Otimização Beneficia Todos: Desenvolvedores que priorizam eficiência entregam experiências mais estáveis, independentemente da plataforma.
  2. Engines Antigas Podem Renascer: O CryEngine, muitas vezes subestimado, mostrou seu valor em mundos abertos complexos.
  3. Acessibilidade é Chave: Garantir que jogadores de consoles entry-level (como Series S) tenham uma experiência fluida amplia o alcance do jogo.

Recepção da Comunidade: Um Novo Padrão para RPGs

  • Steam: 89% de avaliações positivas, com elogios à performance estável.
  • Reddit: Jogadores de Series S celebram a ausência de stuttering mesmo em cenas densas.
  • Críticos: Destacam que a otimização não sacrificou a ambição do jogo, que inclui mais de 50 horas de conteúdo e diálogos totalmente dublizados.

Conclusão: O Legado do Series S em Kingdom Come 2

A Warhorse Studios não apenas entregou uma sequência digna do original, mas também redefiniu como as limitações técnicas podem inspirar inovação. Ao priorizar otimização, o estúdio mostrou que gráficos impressionantes e performance acessível não são mutuamente exclusivos. Para a indústria, é um lembrete: restrições podem ser o combustível da criatividade.

Para Jogadores: Se você tem um Series S ou um PC modesto, Kingdom Come 2 prova que a era dos jogos lindos e bem otimizados está só começando. E se tem hardware topo de linha, aproveite cada pixel — a Warhorse não deixou ninguém de fora.

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Eduardo Rodrigues

Apaixonado por tecnologia, video-games e jornalismo.